Protistas gigantes do mar profundo: gromiids

To cut a long story short, these ‘jellyballs’ turned out to be the first deep-water gromiids to be discovered. The crucial piece of evidence was the highly distinctive structure of the organic test wall, revealed in high voltage electron micrographs taken by our colleague Dr. Sam Bowser in Albany, New York. They were subsequently described as Gromia sphaerica (Gooday et al. 2000). An unusual feature of this species is the presence of multiple apertures scattered across the test surface.


Further opportunities to sample in the Arabian Sea came during cruises aborad the R.R.S. Charles Darwin on the Oman margin (2002) and on the Pakistan margin (2003). In both areas, we collected many gromiid-like organisms at depths between 1000 m and 2200 m. Gromia sphaerica was again present, but this time the assemblages were dominated by grape- and sausage-shaped morphotypes ranging in size from 0.5 to 2 cm and with a single aperture. They occurred in abundances of up to 45 individuals per m2. In most cases, the ‘grapes’ and ‘sausages’ lived with their apertures buried in the organic-rich surface sediment (Figures 1 and 2). We were still not absolutely sure that they were gromiids but confirmation came from analysis of SSU rDNA gene sequences in the laboratory of Dr. Jan Pawlowski (Geneva). The analysis was done using previously developed Gromia oviformis specific primers, and results showed that deep-sea gromiids and Gromia oviformis branch together, with 100 confidence, next to other protistan groups such as Haplosporidians, Plasmodiophorans, Cercozoans and Foraminiferans (Aranda da Silva et al. 2006). Within deep-sea gromiids, there are at least seven species, confirmed with SSU rDNA analysis. Four of these seven species have distinct morphological characteristics. However, the other three which have grape-like shapes could not be distinguished purely on the basis of morphology, showing the existence of cryptic speciation. An eighth species has been described on the basis of its morphology (Gooday and Bowser 2005).


    Os gromídeos parecem ocorrer em todo o globo, e em vários ambientes marinhos, mas em especial em áreas de produtividade primária elevada que são zonas do globo em que factores físico-químicos favorecem o ambiente com nutrientes que então são consumidos por pequenas micro-algas que em consequência se reproduzem e como são em grande número atravez da fotosíntese produzem muito oxigénio.

A maioria dos organismos unicelulares eucariotas (com o núcleo envolvido numa membrana nuclear, ao contrario dos prokariotas que não possuem núcleo envolto em membrana nuclear do Reino Protista (que involve todos os organismos unicelulares eucariontes) são muito pequenos e invisíveis a olho nú, e como tal, encontrar protistas com 1 centímetro ou mais é espantoso. Estes organismos, que agora se designam por protistas gigantes, são no entanto, comuns em ambientes marinhos desde águas costeiras menos profundas a águas com 5000 m de profundidade. Os verdadeiros gigantes são conhecidos desde os anos 1880s, podem ter 10 ou mesmo 20 cm de tamanho e são chamados de xenofioforos. Mas quero apresentar-vos os gromídeos, um grupo de organismos que ainda que não tão grandes são mesmo assim espectaculares com o seu 1 cm e as suas conchas orgânicas que parecem um saco com uma abertura terminal ou múltiplas aberturas espalhadas pela concha que envolve a célula cheia de sedimento e detritos [1]. Apesar de também terem sido descobertos em 1880s, até recentemente pensou-se que eram representados apenas por uma espécie costeira, Gromia oviformis Dujardin, 1835. Uma espécie que está confinada a habitats interditais e sublitorais junto praticamente à linha de costa), agarrados a algas, rochas ou mesmo junto ao sedimento (areia) podendo ser colhidos por mergulhadores com garrafa e em alguns casos mesmo em apneia. A major advance in our knowledge of gromiids came in 1994 during a RRS Discovery cruise on the Oman margin of the Arabian Sea, when we discovered some large spherical organisms up to 3 cm or more in diameter and filled with sediment, living at depths below 1000 m.

Figura 1. Gromídeos colhidos na margem de Oman em 2002. Estes estão no sedimento que fica retido num peneiro com rede de 2mm.

Figura 2. Gromídeos colhidos durante um arrasto na margem do Paquistão em 2003.

pt | en

início        descrição       equipa      LAMBS      campanhas       atlas       divulgação        links

 

Figura 3. A Ana e o Professor Andrew Gooday do Centro Nacional de Oceanografia de Southampton do reino Unido a analisar os gromídeos à lupa durante uma campanha realizada a bordo o navio de investigação R.R.S. Charles Darwin em Dezembro de 2002.

Embora só tenham sido reconhecidos recentemente em zonas profundas, pensamos que podem ter sido vistos já muitas vezes por outros investigadores que possívelmente os confundiram com fezes de outro organismos marinhos. Estes organismos que se encontram nos sedimentos que cobrem o fundo do oceano, podem ser apanhados através de colhedores de sedimentos, tipo corer, ou também por arrasto com redes de malha reduzida (2 cm) que são utilizadas para trabalhos de investigação. A sua identificação só é possível através do uso de uma lupa como mostra a Figura 3.